Por
muitos anos, o café Conilon foi tratado como um café ruim, aliás, no início de
sua produção comercial no Brasil era taxado como veneno por alguns. Outros
diziam que Conilon nem era café e assim foi durante anos.
Ser
reconhecido como café ruim ou veneno é muito pior que não ser conhecido. Esse
estigma o Conilon tem carregado e alguns poucos na cadeia estão tentando
desmistificar essa má imagem que esse café possui.
Podemos
dividir o reconhecimento do café Conilon em dois mercados: Mercado Interno e
mercado Externo.
Quando
mencionei acima que é melhor não ser reconhecido a ter uma imagem ruim, é porque
no mercado interno o café Conilon é visto como um produto de segunda linha,
ruim, inferior. Em um processo de construção de uma imagem, gasta-se muito mais
recursos quando já existe um pré conceito em relação a um produto, imagem ou
pessoa.
No
mercado Externo, o café Conilon é pouco conhecido, logo os produtores e
comerciantes do Conilon tem uma oportunidade única para demonstrar todas as
qualidades do café Conilon produzido no Brasil e posicioná-lo em mercados de
alto valor agregado. Competir com o Vietnã em custo é quase que cometer um
suicídio. Temos que diferenciar o Conilon em relação aos outros cafés do
mundo.
Fazer
a gestão de uma marca não é simplesmente colocar uma propaganda em um jornal e
dizer que o produto é bom. O consumidor assim que experimentar verá que o
produto não condiz com que está sendo anunciado. Gerir uma marca é gerenciar
todos os aspectos mercadológicos desse produto; é ter uma relação com o
consumidor do seu produto; Saber como o café é consumido. Produzir por produzir,
sem gerir os processos que agregam valor ao café é simplesmente produzir uma
commodity e deixar que os outros precifiquem seu produto.
O
café Conilon precisa de uma gestão de marca que o posicione de maneira correta,
senão sempre será um café de segunda linha.
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