Ando
lendo inúmeras notícias que o Conilon é um sucesso, que o Conilon
definitivamente alcançou seu lugar ao sol, que o Conilon deixou de ser o patinho
feio, que o conilon está presente nos blends de várias casas de cafés do mundo.
Contudo, o que temos que fazer para definitivamente sermos aceitos nos mercados
mais exigentes de cafés?
Disponibilidade
de produto nos mercados consumidores é um gargalo a ser resolvido. A
cafeicultura de Conilon tem capacidade de fornecer café tanto para o mercado
nacional, que hoje absorve cerca de 90% do café produzido, quanto podemos
fornecer ao mercado externo.Este mercado que vai demandar um produto de melhor
qualidade, e o Vietnã não consegue disponibilizar esse produto de melhor
qualidade.
Disponibilizar
o Conilon , e não robusta como todos produzem , é uma maneira de posicionar o
café do Brasil de forma diferente. Para disponibilizar esse café , temos que
ajustar a logística existente no Brasil. O porto do Espírito Santo, porta de
saída para grande parte do Conilon produzido está perdendo competitividade, com
isso, o café do Espírito Santo fica mais caro , deixando de ser um bom negócio
para o setor exportador.
Ainda,
a disponibilidade no mercado de cafés com diferenciais de sabores e aromas é de
fundamental importância. Competir com café mal processado não é viável, pois o
Vietnã terá uma vantagem comparativa em relação ao Brasil.
O
café solúvel é de grande importância para internacionalizar a marca Conilon. A
demanda por cafés solúveis de qualidade superior é perceptível, além de ser uma
porta de entrada para novos consumidores ,porém essa industrial está sendo
sobretaxada em alguns mercados.
Investir
em qualidade, com desenvolvimento de novos mercados fará com que o café Conilon
realmente entre em um ambiente pouco explorado pelos produtores de Conilon.Ações
estratégicas voltadas para a cafeicultura devem ser feitas para que o produtor
não precise pagar para trabalhar como está acontecendo agora com os produtores
de Arábica.
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